sábado, 24 de maio de 2008

Renascer das cinzas

Enfim, após longuíssimo e tenebrosíssimo inverno, minhas penugens vêm surgindo. Nossa, como demorou sair da minha crise de meia-idade! Quem já passou por isso sabe. É meio semelhante à crise tremenda que enfrentamos qdo entramos na adolescência. A diferença é que qdo adolescentes nós não sabemos ainda o que fazer da vida; na maturidade, não sabemos mais o que fazer dela. No meu caso, ao olhar pra trás, embora achasse que tudo tinha valido a pena, bateu um baita arrependimento por muitas decisões tomadas aos trambolhões. E ao olhar pra a frente via a possibilidade de uma infinidade de anos com os quais eu não sabia o que fazer. Então, a gente dorme. E qdo acorda dá um aperto no peito, pq tem todo aquele dia ainda, com tantas horas...
Tô escrevendo isto pra te dizer: não desanime. Ou melhor, desanime, sim; chore, se desespere, sofra tudo o que tem pra sofrer. Aí então, levante, sacuda a poeira e dê a volta por cima. A gente foi ensinado a evitar o sofrimento, e é por isso mesmo que sofremos. O sofrimento é inevitável, e no mais das vezes um excelente professor. Então, por difícil que seja, não o evite. Encare o bicho até ter coragem suficiente pra montar nele e sair galopando.
Tenha em mente que você não é a mesma pessoa que era qdo nasceu. Absolutamente nenhuma célula de seu corpo hoje é a mesma de alguns anos atrás. Portanto, se tiver de mudar direções, planos, carreiras, amores... seja lá o que for, lembre-se de que essa é a lei, a grande lei. Mudança. Progresso. Sempre.
E como diria o grande filósofo grego Bussunda: "A vida é um grande sutiã; eu vou meter os peitos!".